Polícia dá detalhes da operação que descobriu furtos de medicamentos que custam mais de R$ 20 mil, em Alagoas
Em coletiva à imprensa, a Polícia Civil detalhou a Operação Overdose, que identificou que funcionários de empresas terceirizadas eram cooptados para furtar medicamentos da Farmácia de Medicamentos Excepcionais (Farmex) do Estado de Alagoas. Até o momento, nove pessoas foram presas.
A ação criminosa mirava medicamentos utilizados no combate ao câncer e outras graves doenças e que custam mais de R$ 20 mil.
"Pessoas que trabalham em empresas terceirizadas, contratadas pelo Estado, especialmente pessoas que trabalhavam na área de faxina/limpeza das unidades hospitalares. Pela facilidade que eles tinham de ter acesso aos locais onde esses medicamentos estavam armazenados, por conta da necessidade de realizar essas faxinas, eles se aproveitavam disso e furtavam os medicamentos", declarou Gustavo Henrique Barros, Chefe-Geral de Inteligência da SSP.
"Já numa atividade em cadeia, sincronizada dentro da organização criminosa, eles repassavam os medicamentos para receptadores intermediários, que repassavam para o líder e mentor da estrutura da organização. Quando os medicamentos chegavam às mãos do líder, ele repassava para os receptadores finais, entre os quais, proprietários de farmácias e distribuidores de medicamentos. A partir daí, os produtos que saíram de forma ilícita do Estado, eram comercializados. Um deles, inclusive, remetia parte desses medicamentos para São Paulo".
"A preferência deles era especialmente medicamentos utilizados para o tratamento de doenças raras ou graves, especialmente doenças oncológicas. Tendo em vista que são medicamentos extremamente caros. Para se ter ideia, um dos medicamentos identificados custa no mercado R$ 22.850,00. Outros custavam entre R$ 15 mil e R$ 19 mil. Eles davam preferência a esse tipo de medicamento. Um dos principais alvos dessas subtrações era a Farmex do Estado de Alagoas, a Farmácia de Medicamentos Excepcionais, que é a que contém esses medicamentos para doenças mais graves", completou.
Confira mais detalhes da coletiva aqui.