Um motorista foi indiciado por ter atropelado uma estudante de 23 anos na AL-220, nas proximidades do Conjunto Benedito de Lira, em Campo Alegre, no dia 11 de junho deste ano. Ele irá responder por homicídio culposo majorado por deixar de prestar socorro, podendo fazê-lo, crime presente no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro.

A Delegacia de Campo Alegre informou na manhã desta quarta-feira (7) que o inquérito foi concluído pelo delegado Círio Mendes.

Segundo a Polícia Civil, a jovem Evelyn Leandra Xavier da Silva fazia o trajeto entre São Miguel dos Campos e Campo Alegre em um ônibus escolar todas as noites para frequentar as aulas e retornar à sua residência, que fica perto do local do acidente.

Evelyn sempre descia do ônibus com outros alunos, mas na noite daquele dia desceu sozinha e foi atingida pelo motorista de 23 anos enquanto tentava atravessar a rodovia. O condutor do Celta estava em alta velocidade e não prestou socorro após atropelar a vítima.

A estudante foi arremessada para o alto por conta do impacto da colisão e chegou a quebrar vários ossos do corpo, como os das pernas e dos braços, além de ter sofrido traumatismo craniano.

O crime foi presenciado pelas pessoas que estavam no local e o motorista do ônibus foi o responsável por acionar a ambulância de um hospital de Campo Alegre, que socorreu a jovem até o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca.

Infelizmente, Evelyn morreu no hospital três dias após dar entrada, em decorrência dos graves ferimentos que acabou sofrendo. 

"Vale frisar que todas as testemunhas ouvidas no presente inquérito policial foram unânimes ao afirmar que o indiciado vinha em alta velocidade e sequer freou para evitar a gravidade do atropelamento, ao contrário, atropelou e arremessou o corpo da vítima para o alto e continuou em alta velocidade na rodovia, inclusive, mora na cidade de Campo Alegre, mas passou direto e não entrou na cidade após atropelar e causar a morte da vítima, a qual entrou em óbito na emergência em Arapiraca", destacou a Polícia Civil.

O homem poderá ser condenado a uma pena de até seis anos de prisão, além da suspensão ou proibição de conseguir carteira de habilitação. O inquérito foi enviado para a Vara do Único Ofício da Comarca de Campo Alegre, onde o indiciado será processado e julgado.