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Mulher que morava no Mc Donald’s está proibida de entrar no local por dois anos

Por Redação com Terra 02/09/2024 21h09
Mãe e filha vivem há meses no Mc Donald´s - Foto: Reprodução

Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, que estava morando há sete meses junto com a filha no Mc Donald's do Leblon, na Zona Sul do Rio, foi solta provisoriamente pela Justiça após ser presa em flagrante por injúria racial. Agora, ela está proibida de frequentar o estabelecimento por dois anos. Além disso, terá que cumprir outras medidas cautelares.

A decisão foi tomada em uma audiência de custódia na tarde de sábado, 31, pela juíza Ariadne Villela Lopes. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, a magistrada alegou que o caso é grave e destacou a sentença de que a ré é primária e aplicou as medidas. Veja quais:

Proibição de acesso e frequência ao McDonald’s do Leblon pelos próximos 2 anos;
Proibição de se comunicar com a adolescente que a denunciou e de manter uma distância mínima de 500 metros;

Além de comparecimento mensal em juízo “para informar e justificar suas atividades” pelos próximos 2 anos.
Entenda o caso

O caso aconteceu na sexta-feira, 30, após um grupo de adolescentes ter fotografado Susane e Bruna no MC Donald 's do Leblon, no Rio de Janeiro, onde estão há meses. Na sequência, mãe e filha começaram a discutir com as jovens e partiram para as ofensas racistas.

Em entrevista para a TV Globo, Bruna Medina de Souza, mãe de uma das adolescentes, desabafou: "A gente sempre sofre um racismo ou outro, mas a gente costuma entubar, botar no bolso e viver. Só que agora foi muito direto. Ela chamou a minha filha de 'preta nojenta'. 'Pobre, preta, nojenta."

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"Eu saí correndo de onde eu estava, fui ao local e ela continuou ofendendo a minha filha: 'Aquela pretinha ali de biquíni'. Eu falei: 'Ela não é pretinha não. Ela é preta mesmo. Ela é minha filha e se quiser falar com ela, tem que se dirigir a mim'. Foi aí que chegaram os policiais", completou.

Suzane foi presa e chegou a passar mal ao chegar à carceragem da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon). Ela foi transferida para uma cela na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) após alegar claustrofobia. A filha, Bruna, foi ouvida na 14ª DP, mas acabou liberada.