O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori morreu nesta quarta-feira, 11, aos 86 anos. A causa oficial de sua morte ainda não foi divulgada, mas Fujimori lutava contra um câncer na língua e estava em tratamento na casa de sua filha, Keiko, no bairro de San Borja, em Lima (Peru).

Horas antes da confirmação, o médico pessoal de Fujimori, Alejandro Aguinaga, informou que o ex-presidente estava "lutando pela vida" e pediu que a privacidade da família fosse respeitada. Diversos familiares visitaram o local ainda nesta quarta-feira, para se despedir.

Nos últimos anos, Fujimori enfrentou problemas de saúde significativos sofrendo com câncer no pulmão, hipertensão, e uma fratura na bacia. Ele foi internado várias vezes antes de sua morte.

Fujimori governou o Peru de 1990 a 2000. Ele foi uma figura polarizadora. Durante seu mandato, ele aplicou um autogolpe em 1992, dissolvendo o Congresso e centralizando o poder em suas mãos. Sua administração foi marcada por um complexo legado: enquanto alguns o creditam por estabilizar a economia e combater a hiperinflação, outros o acusam de graves violações dos direitos humanos e corrupção.

Em 2007, Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade, incluindo massacres perpetrados por esquadrões da morte durante seu governo. Ele também enfrentou acusações de corrupção e abusos de poder.

Libertado da prisão em dezembro de 2023 por decisão do Tribunal Constitucional do Peru, Fujimori estava recentemente envolvido em atividades políticas e havia se filiado ao partido Força Popular com planos de concorrer novamente à presidência em 2026.