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Polícia Civil investiga morte de paciente em clínica de reabilitação em Alagoas

Por Redação 12/09/2024 17h05 - Atualizado em 12/09/2024 17h05
Dionízio Souza morreu de falência múltiplas dos órgãos - Foto: Reprodução/TV Gazeta

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) deu início às investigações sobre a morte de Dionísio Souza da Silva, um paciente de uma clínica de reabilitação, que faleceu após ser internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins na madrugada da última terça-feira (10). A família do falecido registrou um Boletim de Ocorrência, alegando que Dionísio teria sido vítima de abuso sexual e maus-tratos na clínica onde estava internado.

De acordo com a delegada Rosimeire Vieira, um laudo preliminar da perícia não encontrou vestígios de violência. "O médico legista responsável pela necropsia afirmou que a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos, decorrente de um quadro grave de cirrose hepática. Ele também afirmou que não existem indícios de que Dionísio tenha sido vítima de abuso sexual", explicou a delegada em entrevista à TV Pajuçara.

Sobre as possíveis lesões mencionadas no Boletim de Ocorrência, a delegada acrescentou que o perito não pôde afirmar que os ferimentos eram resultado de maus-tratos, mas indicou que roxos no corpo poderiam ser decorrentes do quadro clínico do paciente.

Agentes da Polícia Civil visitaram a clínica de reabilitação localizada no conjunto Village Campestre, na Cidade Universitária, para apurar os fatos. Eles conversaram com outros pacientes que dividiam o quarto com Dionísio e solicitaram o prontuário médico do paciente.

A família de Dionísio, que estava internado na clínica há cerca de um mês devido a problemas relacionados ao alcoolismo, relatou que o paciente foi agredido e sofreu abuso sexual. A irmã de Dionísio afirmou que, ao visitar a clínica no último sábado (7), foi informada de que ele estava bem, mas posteriormente recebeu a notícia de que ele havia sido internado na UPA. Ao chegar ao hospital, notou marcas de agressão em seu irmão.

Por outro lado, a clínica de reabilitação, através de seu advogado Leonardo de Moraes, negou as acusações, afirmando que Dionísio recebeu tratamento adequado e que não houve agressões. O advogado destacou que o paciente tinha um histórico de problemas de saúde, incluindo cirrose e problemas de coagulação, e garantiu que todo o tratamento foi realizado de acordo com suas necessidades.

O caso segue em investigação, com a Polícia Civil aguardando a urgência no laudo médico e a coleta de depoimentos de funcionários da clínica para esclarecer os acontecimentos.