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Caso Kleber Malaquias: Delegado é preso pela Polícia Federal em Maceió

Por Redação 18/09/2024 10h10 - Atualizado em 19/09/2024 08h08
Sede da Polícia Federal, em Maceió - Foto: Reprodução

Um delegado foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (18). A prisão ocorre por suspeita de que ele tenha induzido o Ministério Público de Alagoas (MPAL) ao erro no caso Kleber Malaquias. O delegado era o responsável pelo inquérito que investigava o crime.

A informação foi confirmada pelo MPAL, por meio dos promotores de Justiça, Lídia Malta e Kleber Valadares. O pedido de prisão foi feito pelo órgão, após a defesa de um dos acusados pelo crime solicitar reconsideração, apontando que o delegado apresentou documentos que atrapalharam decisão do MPAL.

"Ainda estão concluindo os peticionamentos e se manifestarão quando tudo estiver concluído", disse a assessoria do órgão nesta manhã, sobre os promotores.

Em nota conjunta, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Alagoas (SINDEPOL/AL) e a Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (ADEPOL/AL) afirmaram que acreditam "firmemente na inocência" do delegado "e na sua
capacidade de demonstrar que as acusações imputadas a ele são infundadas" (confira a nota na íntegra ao final da matéria).

Kleber Malaquias, que era empresário e figura conhecida por denúncias contra pessoas do meio político, foi assassinado em um bar na Mata do Rolo, em Rio Largo, no dia 15 de julho de 2020.

Nesta quinta (19), acontecerá o julgamento de três réus pelo assassinato de Malaquias. Eles respondem por homicídio qualificado.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal (PF) e aguarda nota sobre a prisão do delegado.

Veja a nota conjunta do SINDEPOL/AL e da ADEPOL/AL:

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As entidades representativas da classe dos Delegados de Polícia Civil de Alagoas, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Alagoas (SINDEPOL/AL) e a Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (ADEPOL/AL), vêm a público manifestar profunda preocupação com a prisão preventiva decretada em desfavor do Delegado Daniel José Galvão Mayer, ocorrida na presente data, sob a acusação de Induzir juiz a erro (Art. 347 do Código Penal - Fraude Processual).

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O Delegado Daniel José Galvão Mayer é um servidor público de notável integridade e reputação ilibada, com extensa e relevante trajetória na Polícia Civil do Estado de Alagoas. Exerce, com destacada competência e seriedade, a função de Diretor de Polícia Judiciária da Região Metropolitana (DPJ1), acumulando ainda, por meio de incansável dedicação e esforço pessoal, as funções da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico.

O Delegado Daniel é amplamente respeitado tanto por seus pares quanto pelas comunidades em que atua, sendo reconhecido por sua dedicação incansável e por prestar relevantes serviços à segurança pública. Ao longo de sua carreira, participou de inúmeras operações policiais de elevada complexidade, enfrentando perigosas organizações criminosas e indivíduos de alta

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periculosidade, sempre em defesa da ordem pública e da justiça. Como todo servidor policial, arriscou sua própria vida em prol da segurança da sociedade, demonstrando coragem e comprometimento com os valores mais nobres da função policial.

As entidades representativas reafirmam sua confiança na honestidade e retidão do Delegado Daniel Mayer, reiterando que, ao longo de sua carreira, sempre pautou sua conduta pela observância estrita da legalidade e dos princípios que regem a função policial. Temos convicção de que a prisão preventiva que lhe foi imposta é fruto de um equívoco que será devidamente corrigido, e que a verdade será plenamente restabelecida no curso do devido processo legal.

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Acreditamos firmemente na inocência do Delegado Daniel Mayer e na sua capacidade de demonstrar que as acusações imputadas a ele são infundadas. As entidades que ora subscrevem esta nota repudiam, com veemência, qualquer ato que implique a violação dos direitos e garantias fundamentais de um servidor público exemplar, como é o caso do Delegado Daniel Mayer.

Por fim, reafirmamos nosso compromisso com a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e com a proteção da honra e da dignidade dos delegados de polícia, que diariamente dedicam suas vidas à manutenção da ordem pública e à proteção da sociedade alagoana.