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Justiça autoriza polícia a usar avião que pertenceu a Gusttavo Lima

Por Redação com G1 03/10/2024 19h07
Aeronave foi apreendida no aeroporto de Jundiaí (SP) - Foto: Polícia Civil/Divulgação

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) autorizou a Polícia Civil de Pernambuco a utilizar o avião que pertenceu a Gusttavo Lima e foi vendido aos donos da Vai de Bet. O cantor sertanejo e os sócios da casa de apostas online, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha, estão entre os investigados da Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais.

A Justiça também permitiu a incorporação de outras três aeronaves, que pertenciam à "bet" Esportes da Sorte, do empresário Darwin Henrique da Silva Filho.

O g1 teve acesso à decisão, assinada pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, atendendo a um pedido feito pelo diretor integrado metropolitano da Polícia Civil, o delegado Paulo Gondim, que é responsável pelas investigações do caso.

O avião que pertencia ao artista foi apreendido em Jundiaí, no interior de São Paulo, no dia em que a Operação Integration foi deflagrada.

Segundo as investigações, o jato, de modelo Cessna Aircraft 560 XLS, chegou a ser vendido duas vezes. Na primeira, a compra foi feita pela Esportes da Sorte por US$ 6 milhões (R$ 32,8 milhões). Um ano depois, a J.M.J Participações Ltda., dos donos da Vai de Bet, adquiriu o avião por R$ 33 milhões. De acordo com o inquérito, as transações contêm indícios de lavagem de dinheiro.

Além do jato que pertenceu a Gusttavo Lima, a decisão contempla as seguintes aeronaves:

Helicóptero de modelo EC 130 T2, pertencente à Esportes da Sorte;
Um avião de modelo Falcon 2000EX, também da Esportes da Sorte;
Um helicóptero EC 130 T2, da Esportes da Sorte.

A magistrada considerou que o uso dos aviões pela polícia cumpria os requisitos de interesse público e de utilização para "o desempenho das atividades funcionais" da corporação.

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"No que diz respeito ao interesse público, considero que está claramente evidenciado na justificativa apresentada pela autoridade policial solicitante. Isso demonstra que o objetivo da medida é garantir o funcionamento eficaz das atividades da Polícia Civil. (...). Conforme indicado pela autoridade solicitante, o uso do bem será uma forma de proteger a sociedade por meio do combate à criminalidade", afirmou a juíza na decisão.