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Ex-assessor de Brazão nega ter dado arma para assassinato de Marielle

Por Redação com Agência Brasil 25/10/2024 19h07
STF - Foto: Reprodução

Um ex-policial militar negou nesta sexta-feira (25) ter fornecido a arma usada no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, no Rio de Janeiro.

O homem é ex-assessor do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) na condição de réu na ação penal que tramita na Corte.

Durante o depoimento, ele disse que nunca se encontrou com ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso dos disparos de arma de fogo contra a vereadora. Segundo Lessa, a arma usada no crime foi entregue a ele pelo ex-PM.

"Como um matador de aluguel que já matou mais de 100 pessoas vai precisar pegar uma arma comigo para fazer o trabalho? É inadmissível o que esse sujeito fez. Eu jamais vou fazer isso. Eu tenho 48 anos e preservo minha vida e da minha família", afirmou.

Ele também afirmou que não tem envolvimento com milícias e grilagem de terras na zona oeste do Rio. "Nunca fui miliciano. Sempre fui trabalhador", completou.

O depoimento do suspeito foi suspenso por volta das 19h e será retomado na próxima terça-feira (29). A oitiva é comandada pelo desembargador Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Além dele, também são réus no processo criminal do caso Marielle dois irmãos, sendo um ex-deputado federal e o outro ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), um ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e um major da Policia Militar do Rio de Janeiro.

Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e estão presos por determinação de Moraes.

De acordo com a investigação realizada pela Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento da parlamentar contrário aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.