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Penas somadas de mais de 123 anos de prisão: Justiça condena três homens por assassinato de auditor fiscal em Maceió

Por Redação 02/11/2024 10h10 - Atualizado em 02/11/2024 11h11
Julgamento do crime contra auditor fiscal - Foto: Ascom MPAL

Após dois dias de julgamento, a Justiça de Alagoas condenou dois irmãos e um outro homem pelo assassinato do auditor fiscal João de Assis Pinto Neto, registrado em agosto de 2022, em Maceió. As penas dos acusados somaram mais de 123 anos de prisão e serão cumpridas em regime inicialmente fechado. O júri absolveu a mãe e o irmão de dois réus.

O júri foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal. Familiares, amigos e colegas de trabalho do auditor fiscal acompanharam o julgamento, que teve a promotora de Justiça Adilza Freitas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL), representando a acusação.

"Foram 40 horas de exaustão com a acusação apresentando provas indiscutíveis da participação dos réus sustentando as qualificadoras de meio cruel , motivo torpe, recurso que impediu a defesa da vítima sendo as três acatadas pelos jurados. Também houve condenação pelos crimes conexos de fraude processual, corrupção de menor e ocultação de cadáver", destacou o MPAL.

"Durante os debates, as imagens do corpo da vítima mostradas pela promotora de Justiça Adilza de Freitas e pelo assistente de acusação Bruno Vasconcelos Barros comoveram o público presente, momento dolorido para a viúva Marta e os filhos que se abraçaram de costas para o telão", completa.

De acordo com o órgão, a defesa tentou desfazer as acusações, que tiveram como base os vídeos do dia do crime e os depoimentos dos próprios réus, tentando manchar a imagem da vítima para justificar os atos violentos cometidos.

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João de Assis foi assassinado de forma cruel. Ele teve dedos cortados, uma perna quebrada e foi asfixiado antes de ter o corpo desovado e carbonizado nas terras de uma usina no bairro Benedito Bentes, na parte alta de Maceió.

Veja as condenações individuais abaixo:

Um dos irmãos foi condenado a 41 anos e 23 dias de prisão, além do pagamento de 104 dias-multa, na proporção de 1/30 do salário mínimo mensal vigente em 2022, em relação ao crime de ocultação de cadáver.

O outro irmão recebeu pena de 41 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor, além do pagamento de 129 dias-multa na proporção de 1/30 do salário mínimo da época, em relação ao crime de ocultação de cadáver.

O terceiro condenado recebeu pena de 40 anos e 11 meses de prisão por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor. "Além disso, deverá pagar 79 dias-multa na proporção de 1/30 do salário-mínimo mensal vigente à época (2022) em relação ao crime de ocultação de cadáver", disse o MPAL.