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Donald Trump vence Kamala Harris e voltará à Casa Branca após 4 anos

Por Redação, com UOL 06/11/2024 08h08
Trump foi eleito nos EUA - Foto: Carlos Barría/Reuters

O republicano Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos após conquistar mais de 270 delegados no colégio eleitoral, segundo projeção não oficial, mas historicamente aceita, feita por serviço elaborado por estatísticos a pedido de institutos e meios de comunicação. A vitória foi cravada às 7h32 (horário de Brasília), quando o republicano garantiu 276 delegados.

Nos Estados Unidos, a apuração é de responsabilidade de cada estado, ou seja, a contagem pode demorar semanas. Com isso, a projeção permite saber com antecedência quem será o vencedor. Vitórias na Geórgia e na Pensilvânia foram decisivas.

Vencedor em 2016, o magnata perdeu as eleições de 2020 para Joe Biden e volta à Casa Branca após 4 anos, consolidando-se como "dono" da direita norte-americana. O vice-presidente é JD Vance.

O novo governo prometeu aprofundar o corte de impostos, reduzir a inflação, recuperar a indústria americana e adotar políticas duras contra produtos chineses. A campanha também foi marcada por promessas de realizar a maior deportação de estrangeiros da história americana e fechar as fronteiras contra imigrantes.

Denunciado pela vasta proliferação de desinformação e ataque xenófobos, Trump volta para a Casa Branca quatro anos depois de ser derrotado para Joe Biden usando a frágil situação econômica do país como cabo eleitoral.

Como foi a campanha

Em cada um de seus comícios, ele abria da mesma forma: "vocês estão melhores agora ou quando eu era presidente?"

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O apelo à situação socioeconômica reverberou inclusive entre latinos e afro-americanos, tradicionais eleitores dos democratas.

Nem mesmo suas condenações e investigações por crimes impediram seu retorno.

Ainda que tenha sido amplamente rejeitado pelas mulheres, ele também recorreu à guerra cultural, prometendo "anos dourados aos cristãos" e "acesso direto" desses líderes religiosos ao Salão Oval.

Trump rejeitou condenar os responsáveis pelos ataques ao Capitólio, em 2021, chamou a invasão de "dia do amor" e insinuou que poderia usar as forças armadas contra o "inimigo de dentro", numa referência a qualquer movimento que questione suas políticas.

O uso das redes sociais e o apoio de Elon Musk na difusão de teorias conspiratórias foram marcas de sua campanha. A radicalização de seu discurso conseguiu levar às urnas uma parcela da população que, em 2020, não havia saído de casa para votar.

A disputa foi marcada por um atentado contra Trump. Em 13 de julho, ele foi atingido na orelha enquanto discursava em Butler, na Pensilvânia. O atirador, Thomas Matthew Crooks, 20, foi morto por agentes do Serviço Secreto. Em 15 de setembro, outro homem foi preso acusado de planejar matar o republicano próximo a campo de golfe onde Trump, na Flórida. Em 13 de outubro, mais um homem foi preso por supostamente preparar um atentado, mas alegou que era apoiador de Trump.