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Saiba quem são as vítimas do serial killer preso em Maceió

Por Redação com TNH1 18/11/2024 21h09 - Atualizado em 18/11/2024 21h09
Serial killer foi preso em Alagoas - Foto: Reprodução/Globo

Uma série de assassinatos ligados a um único criminoso foi desvendada após trabalho investigativo da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em atendimento à solicitação da Delegacia Geral, como também devido às perícias criminais realizadas pelo Instituto de Criminalística. 

O criminoso de 42 anos, residia a cerca de 800 metros dos locais dos crimes, é agora considerado pela polícia o maior serial killer da história do estado, com um total de 10 vítimas confirmadas até o momento: sete do sexo feminino e três do masculino.

A investigação da conexão entre todos os crimes teve início após o assassinato da última vítima, a adolescente Ana Beatriz, de 13 anos, perseguida e atingida por disparos de arma de fogo ao sair de uma arena de esportes, no bairro Levada. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no Hospital Geral do Estado.

Abaixo, você confere o nome das 10 vítimas.

MIKAELE LEITE DA SILVA

LOUISE GBYSON VIEIRA DE MELO

BEATRIZ HENRIQUE DA SILVA

DEBORA VITORIA SILVA DOS SANTOS

JOHN LENNO SANTOS FERREIRA

JOSEILDO SIQUEIRA SILVA FILHO

TAMARA VANESSA DA SILVA SANTOS

EMERSON WAGNER DA SILVA

ANA CLARA SANTOS LIMA

ANNA BEATRIZ SANTOS TAVARES

Imagens ajudaram a identificar suspeito

Imagens do assassino, capturadas por câmeras de segurança e divulgadas na imprensa local, ajudaram a identificar o criminoso, que acabou preso após mandado de prisão expedido pela Justiça. Durante a operação, no dia 17 de setembro deste ano, foram apreendidas uma pistola calibre 380 e um celular, peças que se revelaram cruciais para desvendar os casos. Ele é filho de policial militar e trabalhou no sistema prisional de Alagoas.

O delegado Gilson Rego explicou que, com a prisão desse homem, as equipes da DHPP conseguiram fazer as conexões com outros assassinatos ocorridos na mesma região e com características semelhantes, como o calibre das munições da arma usada nos homicídios. O modus operandi do assassino revelava um padrão de comportamento nos crimes, sempre cometidos em um raio tão restrito ao redor da casa dele.

“Como nessas imagens, ele sempre agia do mesmo jeito, a maiorias das vezes à noite, usando roupas pretas e boné para esconder o rosto. Ele é um predador, um assassino em série, muito frio e calculista”, afirmou o delegado.

Para montar esse grande quebra-cabeça, a DHPP enviou a arma e o celular apreendidos para o Instituto de Criminalística de Maceió, para uma série de perícias. Foi através dos exames de balística, realizados pela perita criminal Suely Mauricio, e um minucioso trabalho de cruzamento de informações, que as equipes conseguiram confirmar a ligação entre a arma apreendida e os 10 casos de homicídio.

“Foi um trabalho de equipe, desde a coleta dos projéteis e estojos nos locais de crime periciados, a remoção de projéteis nos corpos das vítimas, no IML, e a apreensão da arma para produção dos padrões, que permitiram a realização dos exames de microcomparação balística, possibilitando identificar, caso a caso, que aquela arma apreendida foi a mesma utilizada nos crimes”, explicou Suely Mauricio.